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Polícia fecha clínica de abortos clandestinos na Capital

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Sala onde os abortos eram realizados - Foto: Polícia Civil

Policiais da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) fecharam na tarde desta quarta-feira (04/03) uma clinica de abortos clandestinos que funcionava na Av. Independência, em Porto Alegre.  No local foram localizados e apreendidos instrumentos tipicamente utilizados para a prática de aborto, tais como curetas e aparelho de aspiração, além de diversos outros objetos que comprovavam a natureza da atividade desenvolvida no local. 

Segundo o delegado Filipe Borges Bringhenti, a investigação teve início há três meses e logrou demonstrar que os procedimentos abortivos vinham ocorrendo naquele endereço. O médico suspeito por cometer os abortos foi  investigado, e após diversas campanas, foi possível reunir elementos para que fosse solicitada a busca e apreensão em três endereços mantidos por ele. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no bairro Menino Deus, Independência e Moinhos de Vento, com o acompanhamento do Instituto Geral de Perícias (IGP). 

A clínica propriamente funcionava na Av. Independência, onde estava o médico investigado, uma gestante que recém havia concluído o procedimento de interrupção da gestação e se recuperava em uma sala, além de uma acompanhante. No local, além dos instrumentos utilizados para a prática de aborto, foram encontradas e coletadas pelos peritos do IGP, partes integrantes de um feto humano, o que, pelas características, permitiu concluir que havia sido fruto de uma gestação interrompida há poucos instantes – salientou Bringhenti.

 

No bairro Moinho de Ventos, sob uma fachada de clínica de psicologia, o médico mantinha uma sala utilizada exclusivamente para consultas. Lá, ele recebia as pacientes e negociava valores. Não havia ninguém trabalhando, mas foi encontrado e apreendido um aparelho de ultrasom, o que corroborou o histórico de que a consulta inaugural entre o médico e as pacientes era realizada nessa sala, de modo que o objeto servia para confirmar a situação da gestação das “clientes”. Em um terceiro alvo, localizado no bairro Menino Deus, havia uma sala comercial em que supostamente funcionaria o consultório do médico. No entanto, além de não haver nenhuma pessoa trabalhando, a sala encontrava-se vazia – relatou o delegado. 

Após o encerramento das buscas, médico e paciente foram conduzidos até a 2ª DPHPP e depois da análise das provas produzidas, autuados em flagrante delito. 

Fonte: 2ª DPHPP

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